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domingo, 7 de setembro de 2014

Dormir nunca mais foi coisa simples I

   Desde que ela chegou, dormir tem sido um reaprendizado contínuo. Isabella é como eu: enquanto houver agito, ela está ligada. Quis respeitar seu ritmo, mas fui obrigada a reconhecer que a disciplina trazida por minha sogra depois que acabou minha licença-maternidade facilitou um bocado as coisas. 
  Isabella, até hoje, continua com duas sonecas diárias: uma é pela manhã, lá pras dez e meia. Ela acorda cedo, pelas sete, e não pára, tem muita energia. Então, quando vai chegando o meio da manhã, vai ficando chatinha...Hora da "nanadinha", como diz seu pai. A segunda é quando chega da escola: chega exausta, não oferece a menor resistência, por vezes chega a dormir ainda a caminho de casa.
  Mas, como eu disse, ela tem dificuldade para desacelerar... então, para que a "nanadinha" aconteça, toda a casa tem que entrar no ritmo.
  A princípio, achei que esse "entrar no ritmo" seria impor silêncio total, deitar com ela... é assim que rola a "nanadinha" na casa da avó. Mas não aqui em casa. Aqui não funciona. Aqui ela entra no ritmo sendo avisada: é tipo "Depois de fazer X, você vai dar sua nanadinha, tá bem?". Podem rolar alguns protestos, algum choro. Mas funciona. E, depois que descobri isso, muita coisa mudou na nossa rotina.
  Depois da experiência de sucesso com a "nanadinha", ela recebe avisos pra tudo. Se vou sair e ela não vai me acompanhar, aviso pouco antes. Se ela pede alguma coisa fora de hora para comer (e ela pede sempre) e se aproxima a hora do almoço, aviso que está quase na hora do papá. Se a brincadeira está no auge e está chegando a hora do banho, aviso. O aviso não elimina as crises de birra ansiedade, mas as diminui consideravelmente.
  O resultado é que nossas conversas diminuíram muito a tensão do dia-a-dia; ela, que é bem como eu, vem aprendendo a lidar com sua ansiedade, a respeitar as nossas decisões. Recomendo. A rotina, o mais que possível, a conversa, mesmo quando aparentemente não entendem, e a "nanadinha".
   

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